quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Adriana Ancelmo ocupa cela individual de 6m² em Bangu e se alimenta bem


A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo fez na quarta-feira sua primeira refeição no Complexo Penitenciário de Bangu, onde está presa desde a noite de ontem por determinação da Justiça Federal do Rio e Janeiro. A advogada passou a noite em uma cela individual de 6 m² que possui uma beliche de alvenaria, chuveiro, uma pia e um vaso sanitário. A galeria onde ela está tem nove celas e 18 vagas e está ocupada por outras sete mulheres com nível superior completo. Adriana se alimentou bem durante o almoço. O cardápio servido foi o mesmo para o jantar: arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco. Pela manhã, ela comeu pão com manteiga e café com leite. Já o lanche da tarde foi um guaraná e pão com manteiga ou bolo. Adriana terá direito a banho de sol e visitas credenciadas. Ela ainda não recebeu nenhuma visita. Segundo o Ministério Público Federal, a advogada tem papel central no esquema liderado pelo seu marido Sérgio Cabral, acusado de liderar um grupo que desviou ao menos R$ 224 milhões em contratos de obras com empreiteiras. Acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro, a advogada se apresentou na tarde de terça-feira à 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, onde corre o processo contra ela e o marido. Ela teve o mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Marcelo Bretas. Também na terça-feira, Sérgio Cabral, Adriana e mais 11 pessoas viraram réus na Lava-Jato.  A força-tarefa da Operação Calicute afirmou na manhã de quarta-feira que foram encontradas mais 100 jóias em seu apartamento no Leblon. Ela foi presa na tarde de terça-feira, 19 dias após o marido, o ex-governador Sérgio Cabral. Uma perícia avaliará o valor e a autenticidade das peças. De acordo com os procuradores, ainda pode haver jóias escondidas, o que configuraria ocultação de bens, e esse seria um dos motivos para a prisão.

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