Os valores bloqueados em nome do ex-ministro Antonio Palocci e da empresa dele, a Projeto Consultoria Empresarial, já alcançam R$ 61,7 milhões. Deste total, R$ 31 milhões estavam em aplicações financeiras (letras financeiras e recebíveis imobiliários) e o bloqueio foi informado nesta sexta-feira à Justiça pelo Bradesco. Os demais valores haviam sido bloqueados antes nas contas correntes de Palocci (R$ 814 mil) e na conta pessoa jurídica da Projeto (R$ 30 milhões). Palocci, que teve a prisão preventiva decretada nesta sexta-feira, foi preso na última segunda-feira na 35ª Fase da Lava-Jato, acusado de intermediar a propina paga pelo Grupo Odebrecht ao PT. O valor alcançaria R$ 128 milhões. O juiz Sérgio Moro determinou que fossem bloqueados todos os ativos do ex-ministro até esse montante. Além dele, foram presos seu assessor Branislav Kontic e o ex-chefe de gabinete do Ministério da Fazenda, Juscelino Dourado, executivo do grupo lixeiro Estre. O advogado de Antonio Palocci, José Roberto Batochio afirmou que os valores são compatíveis com a atividade da empresa. Batochio citou bancos e grandes companhias como clientes da Projeto. Além disso, o advogado afirmou que a Projeto já passou por fiscalização da Receita Federal e também nos âmbitos estadual e municipal. A atual fase da Lava-Jato investiga indícios de uma relação criminosa entre o ex-ministro e o comando da principal empreiteira do País, a Odebrecht, de acordo com a Polícia Federal. Segundo a Polícia Federal, Palocci teria atuado diretamente como intermediário do grupo político do qual faz parte, gerando benefícios "vultosos" em valores ilícitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário