quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Milhares de israelenses se despedem do ex-presidente Shimon Peres, o último dos pais refundadores de Israel


O corpo do ex-presidente de Israel, Shimon Peres, chegou no início da manhã desta quinta-feira ao Parlamento israelense, em Jerusalém, onde ficará ao longo do dia para receber as últimas homenagens. O caixão foi carregado por membros da guarda da Knesset (Parlamento). Milhares de israelenses fazem fila para se despedir de Peres. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente Reuven Rivlin, colocaram coroas de flores sobre o caixão na praça do Parlamento em uma rápida cerimônia sem discursos. O presidente da Câmara do país também estava presente. Visivelmente emocionado, o ex-presidente americano Bill Clinton permaneceu por um breve momento em silêncio diante do caixão, coberto com a bandeira de Israel. Depois de passar pelos controles de segurança, os israelenses caminhavam pelos jardins do Parlamento e se aproximavam do corpo de Peres. Muitos aproveitavam para fazer fotos. O governo mobilizou um grande dispositivo de segurança, com sete mil policiais em Jerusalém. Dezenas de líderes mundiais, incluindo o presidente americano, o muçulmano Barack Obama, são esperados para assistir ao funeral do ex-presidente nesta sexta-feira. Estarão presentes o presidente da França, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, o príncipe Charles, do Reino Unido, e outras autoridades e chefes de Estado. Israel não vivia um acontecimento desta magnitude desde o funeral, em 1995, de Yitzhak Rabin, o primeiro-ministro assassinado por um extremista judeu e que havia recebido ao lado de Peres e do líder palestino Yasser Arafat o prêmio Nobel da Paz em 1994 pelos Acordos de Paz de Oslo. Peres morreu aos 93 anos em um hospital da região de Tel Aviv, onde estava internado desde o início do mês depois de sofrer um acidente vascular cerebral. Com ele desaparece o último integrante da geração dos pais refundadores do Estado de Israel e um dos principais artífices dos acordos de Oslo, que estabeleceram as bases para a autonomia palestina nos anos 90 e lhe valeram o Nobel da Paz.

Nenhum comentário: