O Banco Central informou nesta segunda-feira (26) que espera um saldo negativo de US$ 18 bilhões para as contas externas do Brasil neste ano. Até o mês passado, a projeção era de um deficit de US$ 15 bilhões. As contas externas são as transações comerciais e financeiras do país com o resto do mundo. Essa mudança ocorreu principalmente devido ao desempenho das importações e das viagens, segundo o Banco Central. "Na importação, tivemos alguma reação nos últimos meses em relação ao que vinha acontecendo ao longo do primeiro semestre. Também teve viagem internacional, que responde mais rápido a mudanças no câmbio", afirmou o chefe do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel. Em agosto, as contas externas do Brasil tiveram mais um mês de saldo negativo. O deficit no mês passado somou US$ 579 milhões. O rombo é o menor para o mês desde 2007, quando as contas externas tiveram saldo positivo de US$ 1,23 bilhão. Em agosto do ano passado, o deficit foi de US$ 2,6 bilhões. No acumulado do ano, o deficit nas transações correntes soma US$ 13,12 bilhões, o menor rombo desde 2009, quando o deficit do período era de US$ 10,6 bilhões. Nos oito primeiros meses do ano passado, o rombo era de US$ 46,16 bilhões. O Banco Central estima que as transações correntes terão, em setembro, um deficit de cerca de US$ 1,6 bilhão.
Com taxa de câmbio mais favorável, os gastos dos brasileiros em viagens ao Exterior voltou a subir e chegaram a US$ 1,29 bilhão, valor superior à despesa de US$ 1,26 bilhão registrada no mesmo período de 2015. A balança comercial teve um superavit de US$ 3,9 bilhões no mês passado, resultado de US$ 16,9 em exportações e US$ 13 bilhões em importações. No mesmo mês do ano passado, o saldo foi de US$ 2,4 bilhões, com US$ 15,4 bilhões exportados e US$ 12,9 bilhões importados. O Banco Central informou, ainda, que houve um aumento no investimento direto no país, que passou de US$ 5,25 bilhões em agosto de 2015 para US$ 7,2 bilhões no mês passado. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o investimento direto no brasil soma US$ 41,10 bilhões, inferior aos US$ 42,17 bilhões do mesmo período do ano passado. Foi mantida, pelo Banco Central, a projeção de investimento direto no país de US$ 70 bilhões para 2016. Para setembro, a expectativa é de uma entrada de US$ 6,5 bilhões. Até 22 de setembro, os dados parciais do Banco Central indicam um ingresso de US$ 4,6 bilhões.
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