A região metropolitana de Porto Alegre atingiu ontem a marca de mil assassinatos em 2016. O jornal Diário Gaúcho, que contabilizou os números, fez os cálculos e constatou que a cada cinco horas e meia um gaúcho é abatido com gado no meio da rua. Nunca houve nada igual na situação de segurança pública no Rio Grande do Sul, ao menos a partir da pacificação do Estado em 1928, produzida no governo de Getúlio Vargas, sob o comando de Oswaldo Aranha, que fez o acordo entre chimangos e maragatos. O Rio Grande do Sul está vivendo uma guerra civil explícita, só falta a formalização legal disso. E tudo porque, na prática, acabou o policiamento ostensivo da Brigada Militar, a Polícia Civil faz de conta que existe, mas não existe mais, e os presídios não têm mais vaga, o que faz com que promotores e juízes mandam soltar a bandidagem que deveria estar presa. Para completar e tornar tudo ainda muito mais complicado, a população não pode se armar para sua defesa, como podia fazer no passado. Esse clima é acentuado pela maldita legislação penal frouxa e condescendente que vigora no Brasil desde 1984, com a edição da desgraçada Lei de Execuções Penais e seus famigerados mecanismos de progressões do regime de pena. Para completar, colabora para essa destruição da segurança pública a eterna falta de vontade política de políticos e partidos políticos para darem uma solução para o grave problema. Vai morrer muito mais gente, as estatísticas ficarão bem piores, e rapidamente.
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