A diretoria da Petrobras aprovou negociações exclusivas com a mexicana Alpek para venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco (Petroquímica Suape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), empresas que forma um pólo petroquímico inaugurado no início da década no porto pernambucano. A Alpek terá 60 dias de exclusividade, renovados por mais 30, para que as duas empresas tentem chegar a um valor para o negócio. As conversas fazem parte do plano de desinvestimento da estatal, que tem como objetivo levantar recursos para reduzir o seu endividamento. As duas unidades em Pernambuco foram desenvolvidas durante a gestão do delator da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa, na diretoria de Abastecimento da estatal. A Petrobras detém 100% das duas empresas. Em 2015, a Petroquímica Suape deu prejuízo de R$ 808 milhões e a Citepe, de R$ 818 milhões. Em seus dois últimos balanços, a estatal realizou baixas contábeis no valor dos ativos do complexo pernambucano, em um valor total de R$ 3,76 bilhões. A companhia diz que as baixas refletem, principalmente, a "revisão das projeções de mercado e das premissas de preço, que foram atualizadas em virtude do nível de atividade econômica". Em seu balanço de 2015, a Petrobras diz que o valor recuperável do ativo é de R$ 3,681 bilhões. Quando anunciou os projetos, em 2007, a Petrobras negociava sociedade com o grupo Vicunha na Citepe, mas o negócio não foi adiante. A empresa também tentou, sem sucesso, levar a Braskem para a Petroquímica Suape. Quando as operações foram iniciadas, a estatal ainda buscava sócios para dividir o investimento. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (29), a empresa diz que "a transação ainda está sujeita à negociação de seus termos e condições finais e à deliberação pelos órgãos competentes da Petrobras e da Alpek, bem como à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica". Na última sexta-feira (22), a empresa anunciou que seu conselho de administração aprovou a venda da BR Distribuidora com controle compartilhado. A operação proposta prevê a transferência de 51% do capital votante da subsidiária. A estatal permaneceria, porém, com a maior parte do capital total.
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