Um dos três peritos designados pela comissão do impeachment no Senado, o servidor Diego Prandino Alves, de 33 anos, afirma que o laudo feito pela junta não isenta Dilma Rousseff do episódio das pedaladas fiscais. Segundo ele, a perícia divulgada na segunda-feira (27) não identificou ação direta da presidente afastada no caso, mas não analisou possível omissão por parte da petista. "A perícia não isenta ninguém de responsabilidade. Não encontrou indício ou evidência de que ela tenha participado ou contribuído para os atrasos de repasse do Plano Safra, mas não tem como averiguar se houve algum tipo de omissão, isso fica a cargo dos senadores", afirmou o servidor de carreira, lotado na Consultoria de Orçamento do Senado. Ele afirma ainda que, ao contrário do que tem dito o ex-ministro José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma no processo, a perícia não prova a ausência de dolo da petista nos decretos de créditos. O servidor antecipa a resposta que o trio de peritos dará até sexta-feira (1º) a um pedido de esclarecimento sobre esse tema: "A avaliação acerca do dolo do chefe do Poder Executivo está fora do objeto". O trabalho foi feito a pedido da defesa de Dilma. O laudo de Alves e outros dois servidores aponta ato direto dela na liberação dos créditos e diz que não foi detectada sua ação nas pedaladas. Os decretos e as pedaladas (o atraso no repasse do Tesouro ao Banco do Brasil para o Plano Safra), ambos em 2015, embasam a denúncia que defende a saída definitiva da petista do cargo.
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