segunda-feira, 25 de julho de 2016

Nova York registra primeiro caso de microcefalia ligado ao zika


A cidade de Nova York registrou o primeiro caso de um bebê nascido com microcefalia relacionado ao zika vírus contraído por sua mãe, indicou o Departamento de Saúde local. Além da microcefalia, que consiste em uma de deficiência no crescimento do cérebro e do crânio, os médicos que examinaram o bebê identificaram "outros problemas cerebrais". A mãe do bebê havia viajado a uma das áreas onde o vírus está ativo, afirmou o Departamento de Saúde. Segundo o CDC (Centro para o Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, até o dia 14 de julho o país havia registrado 12 casos de nascimentos de bebês que apresentaram malformações relacionadas com o vírus da zika. O zika vírus está presente em quase todos os países da América Latina, principalmente no Brasil. A zika chamou a atenção das autoridades de saúde de todo mundo pelo alto risco que apresenta para as mulheres grávidas, já que pode provocar malformações irreversíveis no feto, sobretudo a microcefalia. No caso dos adultos, na maioria das vezes a infecção é benigna e em alguns casos pode até passar despercebida. Para a responsável do Departamento de Saúde de Nova York, Mary Bassett, este caso é "uma importante lembrança das consequências trágicas do vírus". Durante uma mesa redonda que ocorreu na quarta-feira (20), Bassett expressou sua preocupação dado que, apesar das advertências, o número de nova-iorquinas grávidas que viajam para regiões infectados pelo vírus está aumentando. Segundo o Departamento de Saúde, um estudo de diagnóstico realizado em Nova York após o lançamento de uma campanha de detecção determinou que de 2.000 mulheres grávidas 41 eram portadoras do vírus. "Lembro a vocês que todas as mulheres grávidas de Nova York, assim como as que buscam ter filhos, devem postergar suas viagens a lugares onde a transmissão do zika está ativa", comentou Bassett. 

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