O presidente da República, Michel Temer (PMDB), reclamou abertamente nesta sexta-feira da presidente afastada Dilma Rousseff e dos partidos de oposição no Congresso, durante almoço com cerca de oitenta sindicalistas no Palácio do Jaburu, em Brasília. "Quando assumimos, não tivemos transição. Não tivemos portas abertas", disse Temer, conforme trechos de seu discurso publicados em seu perfil oficial no Twitter: "Pegamos o País em grande dificuldade. Elas são maiores do que vocês podem imaginar". Ele citou o déficit de 170,5 bilhões de reais aprovado na revisão da meta fiscal no Congresso e reclamou da oposição - PT e PCdoB - ter sido contra. O governo Dilma Rousseff, apoiado por esses partidos, havia enviado um projeto com déficit de 96 bilhões de reais. "Lembro que foi o governo anterior que mandou a proposta para ampliar a meta. Quando votamos, o que fizeram? Votaram contra e tumultuaram a sessão. A DRU (desvinculação de receitas da União) também foi proposta pelo governo anterior, e os que propuseram votaram contra", queixou-se Temer. Conforme o presidente da Força Sindical e do partido Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força (SP), Temer falou em tom de desabafo. "Ele fez um desabafo porque é estranho, né? O governo manda para o Congresso um déficit de quase 97 bilhões de reais, como o déficit aumentou, no outro dia o PT, PCdoB, a base do governo Dilma votou contra. E tem votado contra medidas que eles tinham mandado para o Congresso, como a DRU por exemplo. Foi um desabafo dessa pressão dessa agora nova oposição contra ele. Mas o presidente poder ficar tranquilo porque a oposição é tão pequena que não faz nenhum barulho. Temos votos para vencer esses problemas que o PT tenta continuar criando".
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