O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a sair em defesa de sua mulher, a ex-jornalista Cláudia Cordeiro Cruz (foi apresentadora do Jornal Nacional da Rede Globo), ré na Operação Lava Jato, e a negar que ela tenha recebido ou utilizado recursos de origem ilícita. Eduardo Cunha afirmou que o patrimônio de Cláudia Cordeiro Cruz é fruto de indenização trabalhista recebida contra a TV Globo. Ele informou que o valor da indenização foi de cerca de 5 milhões de reais. Conforme denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça nesta quinta-feira, a conta suíça Kopek, que tinha Cláudia como beneficiária final, "lavou" 1,079 milhão de dólares (cerca de 3,66 milhões de reais) de recursos oriundos de propina na compra de serviços e artigos de luxo. "Entre 20/01/2008 e 2/04/2015, por inúmeras vezes, dentre outros locais em lojas de artigos de luxo localizadas nas cidades de Nova Iorque, Miami, Orlando, Barcelona, Zurique, Paris, Roma, Lisboa e Dubai, a denunciada Cláudia Cordeiro Cruz, dolosamente, utilizando-se de valores de propina recebidos na conta suíça Kopek (em que a denunciada Cláudia Cruz era beneficiária final), converteu em ativos de aparência lícita consistentes em bens e serviços, incluindo artigos de grife como ternos, bolsas, sapatos e roupas femininas", detalha o Ministério Públicco. Em nota divulgada nesta sexta-feira, Eduardo Cunha disse que Cláudia detinha conta individual, em seu nome pessoal, onde ela não figurava como beneficiária, mas sim como titular "da referida conta, que apenas tinha nome de referência Kopek e não empresa chamada Kopek". Segundo o peemedebista, que também é réu na Lava Jato, o patrimônio de sua mulher foi transferido para um trust e suportou os gastos familiares "teve origem antiga, de atividades privadas, sem nenhuma relação com a atividade pública". "O patrimônio da minha esposa foi constituído pelo seu trabalho na atividade de televisão, sendo a maior parte dele fruto de indenização trabalhista, recebida em ação judicial contra a TV Globo, o que explica boa parte da animosidade e relevância com relação à ela dada por veículos dessa organização", continuou Eduardo Cunha. "Volto a reafirmar que não houve nem recebimento nem utilização de qualquer vantagem indevida, e que a acusação de que valores de propina foram gastos em artigos de luxo são falsas, sendo que a referida denúncia não apresentou qualquer prova em relação a isso", repetiu o presidente afastado da Câmara.
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