Em sua delação premiada, Sérgio Machado conta a gula de Edison Lobão por propinas. De acordo com Machado, assim que assumiu o Ministério de Minas e Energia em 2008, ainda sob Lula, Lobão mostrou os dentes. Numa reunião em seu gabinete na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, Lobão mandou às favas qualquer prurido e mandou essa, segundo Machado: "Ele afirmou que, na qualidade de ministro, queria receber a maior contribuição mensal dada aos membros do partido". Pouco depois, ainda segundo o relato escabroso de Machado, foi chamado novamente pelo faminto Lobão. Conversa menos republicana, impossível, sempre sentado na cadeira de ministro. Diz Machado: "Ele tinha expectativa de receber R$ 500 mil por més. Eu lhe disse que era impossível diante da situação da empresa; o máximo que conseguiria fazer seria de R$ 300 mil por més". Lobão topou. Disse, ainda segundo o que consta da delação, que "queria receber esse recurso em dinheiro e no Rio de Janeiro". E deu o caminho das pedras: "o elo era seu filho, Márcio Lobão", presidente da Brasilcap, empresa de capitalização do Banco do Brasil. No total, foram R$ 24 milhões repassados a Lobão.
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