O presidente argentino, Mauricio Macri, foi internado nesta sexta-feira em Buenos Aires após sofrer uma arritmia cardíaca. Ele foi levado a uma clínica do bairro portenho de Olivos após sentir um desconforto durante um encontro com jornalistas. Apesar do susto, funcionários da Casa Rosada afirmaram que o caso não é grave. Segundo fontes, Macri reclamara no meio da tarde que sofrera incômodos. No entanto, seguiu trabalhando. Horas depois, funcionários do governo haviam negado que ele tivesse tido qualquer problema de saúde, e divulgaram imagens dele no encontro, reproduzidas pela revista "Caras". De acordo com o jornalista Walter Curia, um dos presentes, "Macri não demonstrou nenhum mal-estar, apenas parecia mais cansado". Sem confirmação oficial por horas, o governo acabou admitindo o mal-estar ao final da noite. O ingresso de Macri na clínica ocorreu por volta das 19h30m (menos de uma hora após o fim do encontro). Ele passou por um procedimento de precaução chamado arteriografia, uma radiografia dos vasos sanguíneos. Foi detectada uma fibrilação auricular, tipo de arritmia que não é grave. Mauricio Macri, de 57 anos, está internado em uma unidade de tratamentos coronarianos e tem expectativa de liberação em poucas horas. Três meses depois de prometer apresentar um informe minucioso sobre a herança recebida dos governos kirchneristas, o presidente apresentou nesta sexta-feira o “Estado do Estado”, documento que revela centenas de dívidas com fornecedores e empresas contratadas, obras interrompidas por falta de verba e desvios irregulares de fundos durante o governo da ex-presidente peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner, que chefiou uma administração extremamente corrupta. O relatório de 219 itens — publicado na página oficial da Casa Rosada — indica que, quando Macri assumiu, em dezembro do ano passado, os cofres públicos estavam “em um estado de quase paralisia e sufocados por uma situação macroeconômica cada vez mais delicada”. No documento também aparecem contratações e pagamentos para a construção de casas que nunca foram feitas — ou foram construídas em áreas sem serviços básicos, que não eram habitáveis. “Apenas em 2015, 13,544 bilhões de pesos destinados a habitações foram gastos em obras que nada tinham a ver com a construção de casas. Além disso, em dezembro de 2015, as obras financiadas pelo Estado levavam cinco meses paralisadas”. Na área de educação, o documento mostra que o governo devia mais de 3 bilhões de pesos a universidades e professores de sete províncias recebiam menos que o salário mínimo. O Ministério de Desenvolvimento Social, por sua vez, tinha dívidas de mais de 500 milhões de pesos. O governo Macri também encontrou, ao assumir, “forças de segurança mal equipadas e remuneradas, com pouca ou nenhuma capacidade de investigar e prevenir crimes”. “Foram encontradas armas que não estavam registradas e registros de armas que não estavam nos locais de armazenamento. Em dezembro de 2015, o Estado não sabia nem quantas armas tinha, onde elas estavam e, pior, quem as tinha”. Em seu último ano como presidente argentina, Cristina Kirchner aumentou seu patrimônio em 20%. É o que mostra a sua mais recente apresentação ao Escritório Anticorrupção do país na comparação aos 64 milhões de pesos registrados na declaração de renda do ano anterior. A ex-mandatária afirmou que hoje possui 77 milhões de pesos argentinos — o equivalente a cerca de R$ 19 milhões.
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