quinta-feira, 23 de junho de 2016

Petista Paulo Ferreira aguarda em casa, em Brasilia, a execução do mandado judicial de sua prisão preventiva


Ex-deputado e ex-secretário de Finanças do PT, Paulo Ferreira não foi notificado da ordem de prisão preventiva na Operação Custo Brasil, deflagrada na manhã desta quinta-feira, segundo ele porque mudou de endereço em Brasília recentemente. Ele disse que soube pelo seu advogado, José Roberto Batocchio, que há um mandado expedido em seu nome e que irá prestar todos os esclarecimentos que forem necessários. Ele foi delatado pelo ex-vereador petista Romano, que entregou o esquema de propina no Ministério do Planejamento no ano passado, e que acabou levando à prisão, nesta quinta-feira, do ex-ministro petista da pasta, Paulo Bernardo. Paulo Ferreira disse que agendou várias reuniões do Alexandre Romano com parlamentares do PT, mas nunca se envolveu com os negócios do ex-vereador. Ele disse ainda que Romano pagou algumas despesas da campanha dele, mas eram gastos irrisórios, que giravam em torno de R$ 5 mil. Ferreira alega ainda que não sabia do volume de dinheiro movimentado por Romano. Se soubesse, teria pedido contribuição de campanha mais significativa. Que bonzinho que era esse sujeito!!!! "Não tenho negócios com o Alexandre Romano. Tenho relações políticas. Ele me procurava para eu ver agenda para ele. Ele queria agenda com deputados. Com o Guimarães (José Guimarães, ex-líder do PT na Câmara), por exemplo. Eu fazia agendas para ele, mas nunca me meti nos negócios dele". Ferreira disse que conhece Romano desde 2006 e sabia que ele atuava como consultor e como advogado, mas sustenta que ficou surpreso quando soube, pelo noticiário da Lava-Jato, que o ex-vereador teria arrecadara, a partir de 2010, R$ 32 milhões em propina de contratos da Consist. O ex-deputado disse que lamenta ter sido acusado pelo ex-vereador de envolvimento em parte dos negócios ilícitos. No PT é assim, nunca ninguém sabe nada, é tudo um bando de gente crédula. Paulo Ferreira foi Secretário de Finanças do PT de 2006 a 2009 e deputado federal de 2012 a 2014. Hoje trabalha como professor e assessor da bancada do PT na Câmara. Ferreira foi dirigente do PT gaúcho por anos e assumiu a tesouraria do PT no auge do Mensalão, em 2005. Ele é casado com a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. A petista integra o núcleo político mantido pela presidente afastada Dilma Rousseff. No último dia 18 de maio, Tereza Campello obteve o benefício da quarentena - seis meses de remuneração integral, R$ 30,9 mil, sem trabalhar, para evitar conflito de interesses - pela Comissão de Ética Pública da Presidência.

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