O maior fundo de pensão da Noruega, o KLP Kapitalforvaltning, anunciou que a Petrobras foi excluída de todas as carteiras administrados pela casa. A corrupção na petrolífera e a persistência de "um risco inaceitável" de novos problemas fizeram os gestores excluírem a companhia brasileira. Para o KLP, "é vexatório ver que o desaparecimento de 2 bilhões de dólares não gerou qualquer sinal de alerta" na direção da empresa. Em comunicado aos cotistas, o KLP informou que decidiu excluir investimentos na Petrobras diante do caso de corrupção descoberto na empresa. "Por mais de 10 anos, os contratos da companhia com fornecedores foram regularmente inflados em 3%, com o adicional pago para políticos brasileiros, partidos políticos e membros da direção da empresa", cita o comunicado do fundo de pensão: "Apesar das muitas iniciativas e do escrutínio público, a KLP continua preocupada porque há um inaceitável risco de corrupção futura na companhia". "A escala do caso, o tamanho dos montantes envolvidos e o período de tempo em vigor não têm paralelo em qualquer lugar no mundo. Há ainda muitas iniciativas que nós achamos que a companhia poderia adotar, incluindo uma investigação para potencial corrupção nas operações fora do Brasil, já que a empresa opera em muitos países com risco excessivamente alto", cita a chefe de investimentos do KLP, Jeanett Bergan. O fundo tem carteira de 553 bilhões de coroas norueguesas - cerca de 227 bilhões de reais. Segundo o fundo de pensão, a carteira possuía 33,7 milhões de coroas (cerca de 14 milhões de reais) em ativos da Petrobras em 11 de abril. A exclusão da Petrobras foi realizada em 1º de junho de 2016.
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