Com a atividade econômica baixa e recuo no pagamento de tributos, o Governo Central registrou em maio um resultado deficitário de 15,49 bilhões de reais, o pior desempenho para meses de maio da série histórica, que tem início em 1997. O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, voltou a ficar negativo após ter registrado um superávit em abril de 9,75 bilhões de reais. Nos primeiros cinco meses do ano, o resultado primário foi deficitário em 23,77 bilhões de reais, também o pior resultado da série. Esta é a primeira vez que o resultado dos cinco primeiros meses do ano é negativo. Entre janeiro e maio do ano passado, o primário acumulava superávit de 6,48 bilhões de reais. No intervalo de doze meses encerrado em maio, o governo central teve déficit de 151,5 bilhões de reais, o equivalente a 2,42% do Produto Interno Bruto (PIB). O governo do presidente em exercício Michel Temer conseguiu aprovar no Congresso Nacional a nova meta fiscal para 2016, que admite um déficit de até 170,5 bilhões de reais nas contas do Governo Central este ano. Sendo assim, o rombo fiscal deve seguir se expandindo até o fim do ano. As contas do Tesouro Nacional – incluindo o Banco Central – registraram déficit primário de 3,25 bilhões de reais em maio. No ano, há superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com Banco Central) de 25,96 bilhões de reais. No mês passado, o resultado do INSS foi um buraco de 12,23 bilhões de reais. Nos primeiros cinco meses do ano, o valor sobe para 49,73 bilhões de reais. Já as contas apenas do Banco Central tiveram saldo negativo de 115,7 milhões de reais em maio e de 358 milhões de reais no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. Os investimentos do governo federal caíram a 22,67 bilhões de reais nos primeiros cinco meses de 2016. Desse total, 17,94 bilhões de reais são restos a pagar, ou seja, despesas de anos anteriores que foram transferidas para 2016. De janeiro a maio do ano passado, os investimentos totais haviam somado 23,63 bilhões de reais. Os investimentos no Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram 2,28 bilhões de reais em maio, queda real de 39,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já nos cinco primeiros meses do ano, as despesas com o PAC somaram 16,44 bilhões de reais, recuo de 10,5% em comparação com o mesmo intervalo de 2015, já descontada a inflação.
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