A ex-mulher do atirador terrorista afegão-americano que matou 49 pessoas, e feriu outras 53, em uma boate gay em Orlando, no último domingo, afirmou às autoridades americanas que Omar Mateen poderia ter tendências homossexuais. Sitora Yusufiy é imigrante do Uzbequistão e foi casada com Mateen durante um ano, em 2009. A moça afirmou ao FBI que Mateen era um homem violento, que a agredia, confiscava seu salário e a mantinha isolada em sua casa na Flórida. Ela só conseguiu se separar do marido quando seus pais a resgataram. Hoje, Sitora está noiva do brasileiro Marcio Dias, com quem mora no Colorado. Marcio Dias afirmou que, segundo a esposa, Mateen tinha "tendências gays", e o pai do atirador já havia se referido a ele como homossexual anteriormente. "Ela me disse que o pai dele (Mateen) o chamou de gay várias vezes", contou ele em Boulder, no Colorado. Dias disse também que o FBI teria pedido a Sitora para não falar sobre o assunto com a imprensa americana. Clientes da boate Pulse, invadida por Mateen no último domingo, afirmaram à imprensa dos Estados Unidos que o atirador era frequentador regular do local. "Às vezes ele sentava em um canto para beber sozinho, outras vezes ficava tão bêbado que era barulhento e ofensivo", disse Ty Smith ao jornal Orlando Sentinel. Kevin West, outro frequentador regular da Pulse, disse ao jornal Los Angeles Times que trocou mensagens intermitentes com Mateen em um aplicativo homossexual por pelo menos um ano. Outros clientes da casa noturna afirmaram à imprensa que Mateen utilizava aplicativos gays, como o Grindr. O atentado contra a Pulse, o mais violento nos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, deixou 49 mortos e 53 feridos. A polícia matou Omar Mateen ao invadir a boate. O diretor do FBI, James Comey, disse que está convencido de que Mateen se radicalizou com a propaganda do extremismo islâmico na internet e agiu sem orientação de um grupo terrorista. O atirador, no entanto, proclamou sua lealdade ao Estado Islâmico em uma de suas conversas com a polícia durante o ataque.
Um comentário:
Isso é absolutamente óbvio. Ele vivia um conflito profundo entre sua realidade instintiva íntima e o preconceito da sua religião e da sua cultura. Provavelmente esse conflito o tenha levado à depressão e ele não resistiu e promoveu um evento trágico. Tudo consequência de uma cultura altamente dominadora e que coage seus membros a se comportarem aderindo a arquétipos. Homossexualismo não é opção, e sim uma determinação do instinto do indivíduo, ou seja, não passa pelo arbítrio do portador mas ocorre à sua revelia. Enquanto a humanidade não tiver consciência disso muitos dramas ocorrerão.
Postar um comentário