Sobrinho do poderoso chefão e ex-presidente Lula, Taiguara Rodrigues dos Santos é suspeito de ser laranja e operador do petista num esquema de tráfico de influência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para a conquista de financiamento de obras da Odebrecht fora do País. Ele foi alvo de condução coercitiva e seus endereços tiveram ações de busca e apreensão na Operação Janus, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira. Conforme investigadores do caso, há fortes indícios de um relacionamento entre Lula e Taiguara para recebimento de vantagens indevidas. O poderoso chefão e ex-presidente petista é investigado por conseguir financiamentos – por meio do seu prestígio político – para a empreiteira propineira Odebrecht realizar obras no Exterior. Na sequência, a empreiteira propineira subcontratava a Exergia Brasil, de propriedade de Taiguara. Para investigadores, a empresa do sobrinho de Lula não teria capacidade de operação e seria apenas usada para receber repasses da Odebrecht. Investigada na Operação Lava Jato, a empreiteira propineira baiana é responsável por obras na República Dominicana, Cuba e Angola. Em todos os casos, as obras foram realizadas por meio de financiamentos do BNDES. Filho do irmão da primeira mulher de Lula, Taiguara tem residência oficial em Santos, no litoral paulista. Ele, porém, foi detido em um hotel no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, o que significa dizer que estava sendo monitorado pela Polícia Federal, que acompanhava seus passos. Ele estava acompanhado do seu funcionário José Emmanuel de Deus Camano. Além de trabalhar para Taiguara, Camano é procurador da empresa, assina documentos e faz pagamentos. Foi preparado um questionário de cerca de 100 perguntas para Taiguara. O interrogatório foi realizado na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro.
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