quinta-feira, 26 de maio de 2016

Senador Telmário Mota, do PDT, entregou a mulher foragida na Polícia Federal, ela foi condenada como corrupta


Quando soube que a mulher do senador Telmário Mota, PDT, seu adversário, estava fugindo da Polícia Federal, disse Romero Jucá: "'Ele deveria entregar a mulher, que é procurada pela polícia'. Mais implacável verdugo do senador Romero Jucá, do PMDB, de quem seu partido e ele mesmo pediu a cassação na quarta-feira, o senador Telmário Mota passou pelo vexame de visitar sua mulher, a médica Suzete Macedo de Oliveira, na carceragem da Polícia Federal, onde ela se entregou na manhã. A mulher do senador era considerada foragida, depois que sua prisão foi decretada pela Justiça. A senhora Telmário Mota, PDT, foi condenada por corrupção. A mulher do senador foi condenada a seis anos e oito meses de prisão por envolvimento no esquema de desvio de verbas públicas que ficou conhecido como "escândalo dos gafanhotos". Suzete permanecerá na sede da Polícia Federal em Boa Vista e participaria de audiência de custódia nesta quinta-feira. O senador classificou a prisão da mulher como "política e não jurídica". Na terça-feira, também o ex-governador de Roraima, Neudo Campos (PP), entregou-se à Polícia Militar e foi encaminhado à sede da Polícia Federal após tentativa de fuga para a Venezuela. Neudo Campos também estava foragido da Justiça e cumprirá treze anos e quatro meses de prisão por envolvimento no mesmo esquema de corrupção no qual Suzete foi condenada. Juntamente com ele, foi presa a secretária de Estado de Relações Institucionais, Fátima Rocha, suspeita de colaborar com a tentativa de Neudo Campos de fugir para a Venezuela. Campos é marido da atual governadora do estado de Roraima, Suely Campos (PP). A operação Praga do Egito, que ficou popularmente conhecida como escândalo dos gafanhotos, foi deflagrada pela Polícia Federal em 2003 no Estado de Roraima para apurar desvios de verbas públicas praticadas por governantes, ex-parlamentares e funcionários do alto escalão do Tribunal de Contas do Estado e do Poder Executivo. Os desvios aconteciam na contratação de funcionários fantasmas que compunham a folha de pagamento do Estado e tinham os salários embolsados pelos envolvidos no esquema.

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