sábado, 30 de abril de 2016

Senador Raimundo Lira diz que a denúncia contra a petista Dilma na comissão do impeachment não deve ser aumentada



O presidente da comissão especial do impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), afirmou nesta sexta-feira que a denúncia contra a presidente petista Dilma Rousseff não deve ser ampliada com fatos novos - como as investigações da Lava Jato - durante a tramitação do processo na Casa. "Nessa primeira fase de funcionamento, a comissão já decidiu que a denúncia será exclusivamente sobre os dois itens que são contidos na denúncia da Câmara: os seis decretos e aquilo que ficou conhecido como pedaladas fiscais", disse. Ele ganhou essa convicção após conversar com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski. Questionado se isso se manteria na segunda fase, que inicia se os senadores admitirem a abertura do processo contra Dilma, ele disse acreditar que sim, mas afirmou que os senadores poderão discutir novamente a ampliação da denúncia. As declarações de Lira foram dadas após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que será o responsável por conduzir a segunda fase do processo, que decidirá se a presidente deve ou não ser afastada definitivamente do cargo. Lewandowski orientou o senador a seguir o rito que já foi estabelecido pela Corte em dezembro quando houver dúvidas sobre que caminhos tomar durante os trabalhos da comissão. Mas a Suprema Corte não decidiu que a admissibilidade deveria se restringir aos dois fatos apenas que são considerados agora, sem incorporar a denúncia original incluindo as denúncias da Lava Jato. Apesar das declarações de Lira, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse nesta sexta-feira que iria solicitar que os fatos referentes à Lava Jato fossem acrescentados ao processo de impeachment. Já o relator da comissão, Antonio Anastasia (PSDB-MG), afirmou, sem dar maiores detalhes, que o tema Lava Jato "vai ser abordado" em seu parecer.

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