quinta-feira, 21 de abril de 2016

“Se Dilma pode enaltecer Fidel, porque Bolsonaro não pode enaltecer Ustra?” - pergunta vereador curitibano


 

A postura do militar e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) de elogiar o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra durante a sessão da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no último domingo (17) repercutiu na Câmara de Curitiba nesta quarta-feira (20). Os ânimos ganharam mais força nas vozes dos vereadores professora Josete (PT) e professor Galdino (PSDB), que defenderam argumentos opostos para tratar do caso. Durante o grande expediente, a vereadora criticou o discurso de Bolsonaro. Antes de votar, no domingo, o deputado carioca disse que oferecia seu voto “pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”. O ato repercutiu imediatamente, fazendo com que, nesta quarta-feira (20), a esquerdista OAB do Rio de Janeiro, totalmente controlada pelo PT, anunciasse que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a cassação do mandato do Bolsonaro, em uma operação de marquetagem sem qualquer chance de sucesso. “A sociedade brasileira deve fazer uma reflexão: se é a favor ou não ao ódio, ao machismo, ao racismo, à intolerância. Se Bolsonaro defendeu um torturador da ditadura ao votar pelo impeachment é porque ele tem sustentação para isto”, declarou a vereadora. Em seguida, professor Galdino retrucou. “Se Dilma pode enaltece Fidel Castro, porque Bolsonaro não pode enaltecer o Ustra?” - questionou o vereador. As declarações, transcritas no Twitter da Câmara, foram feitas na tribuna depois que o o vereador Petruzziello (PTB) condenou como “lamentáveis” tanto a atitude de Bolsonaro como do ativista gayzista Jean Willys, que tentou atingir seu colega com uma cusparada. Petruzziello ainda classificou a votação de domingo como “show do horrores”, mas disse que o resultado da sessão “foi positivo”. No entendimento do vereador curitibano, Bolsonaro não cometeu crime ao fazer apologia à ditadura militar porque “na tribuna, o direito do parlamentar é inviolável”. 

Nenhum comentário: