O leilão de energia realizado nesta sexta-feira (29) vendeu apenas 7% do total oferecido no pleito, que prevê a entrega da energia apenas em 2021. O total vendido somou apenas 2.018 megawatts (MW). As principais distribuidoras não participaram do leilão. Elas estão com energia sobrando, o que não é remunerado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), e tentam resolver a situação junto ao governo federal. A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) habilitou 802 projetos para o leilão. Ao todo, estavam sendo vendidos 29.628 MW de capacidade instalada. A principal fonte oferecida era a eólica, com 17.131 MW. Apesar da grande oferta, nenhum projeto de eólica oferecido no pleito vai sair do papel. Não houve oferta de compra para eles. As empresas que participaram preferiram comprar de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e de térmicas movidas a biomassa. O preço teto das eólicas, que concorrem com as PCHs, superava em mais de 30% o custo dos projetos de pequenas hidrelétricas. Pelo lado das térmicas, as usinas a biomassa tiveram vantagem frente a empreendimentos a gás, com preços 14% mais baixos. A maior compradora do leilão foi a distribuidora Celesc, que atende Santa Catarina, que foi responsável por 27,5% do total comercializado. Amazonas Energia, do grupo Eletrobras, ficou em segundo, com 25,5%. Copel, estatal do Paraná, e Cepisa, distribuidora do Piauí que também é do grupo Eletrobras, também tiveram importantes participações, de 20% e de 15%, respectivamente. No total, 40 empreendimentos vão sair do papel, sendo 21 PCHs, 6 térmicas a biomassa, 1 a biogás e outra a gás. O volume financeiro comercializado no leilão somou R$ 9,7 bilhões.
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