A Argentina registrou um crescimento de mais de cinco pontos em sua taxa de pobreza até alcançar 34,5% da população durante os três primeiros meses do governo de Mauricio Macri, revelou nessa sexta-feira um relatório da Universidade Católica (UCA). De acordo com o documento, a pobreza em 2015 chegava a 29% dos argentinos, mas passou a afetar 34,5% da população entre o final do ano passado e março desse ano, o que representa 13,8 milhões de pessoas. Entre os pobres foram registrados 2,7 milhões de indigentes. Os dados estatísticos oficiais sobre a evolução da pobreza foram interrompidos em 2013, durante o governo da peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner (2007-2015), quando se suspeitava que os números do instituto estatístico INDEC eram manipulados. O novo governo anunciou que esses dados poderão ser divulgados novamente até o final de 2016. O presidente Mauricio Macri assumiu a presidência em 10 de dezembro após insistir em sua campanha que uma de suas prioridades será uma Argentina "com pobreza zero". O aumento da pobreza se dá em um contexto de inflação acima dos 30% ao ano, com grandes aumentos de tarifas de serviços básicos como transporte (100%), eletricidade (500%), água (500%) e gás (300%), além de alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis. Todos esses preços estavam controlados artificialmente pelo governo peronistas, o que gerou uma grande distorção na economia argentina durante o regime peronista populista incompetente e muito corrupto de Cristina Kirchner. "Se pelo menos no curto prazo não se conseguir atenuar os aumentos de preços nos produtos e serviços básicos e/ou reativar a demanda de emprego, se estará cada vez mais distante de uma melhora genuína na distribuição de renda e dificilmente se poderá reverter a tendência ascendente que se registra nas taxas de indigência e de pobreza urbana", advertiu a UCA. Sobre a indigência, a UCA reportou um crescimento de 1,6 ponto percentual (640.000 pessoas) no primeiro trimestre desse ano em relação a 2015.
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