Com a aproximação da possibilidade de afastamento, a presidente Dilma Rousseff determinou a aceleração da demarcação e homologação de terras indígenas, segundo o ministro da Justiça, Eugênio Aragão. A informação foi dada pelo ministro nesta quarta-feira (27) durante evento no ministério para instalação do Conselho Nacional de Política Indigenista, diante de uma plateia de líderes indígenas e ativistas. "Diante de tanta notícia triste, eu quero dar uma notícia boa também. Nós vamos, durante a semana que temos pela frente, nos esforçar por declarar e também homologar novas terras indígenas", afirmou o ministro. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff deve participar, na sexta (29), do encerramento dos trabalhos do conselho nesta semana. Em entrevista à imprensa, porém, Aragão não quis detalhar as novas terras indígenas. "A presidente determinou que nós nos reuníssemos com os ministérios que também têm interferência na demarcação das terras indígenas para que nós possamos o mais rápido possível encontrar pontos comuns para adiantar essa pauta", disse. O ministro admitiu ainda falhas na política indigenista do governo Dilma e afirmou que as alianças construídas com o Congresso é que prejudicaram os índios. "Tivemos fragilidades, muitas fragilidades que dizem respeito também às alianças que tivemos que construir no Congresso Nacional para garantir estabilidade ao governo, alianças essas que no final das contas se revelaram extremamente frágeis", disse. Uma das ministras mais próximas de Dilma é a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ruralista e crítica às demarcações indígenas. O Conselho Nacional de Política Indigenista, lançado nesta quarta-feira, é um órgão consultivo composto por 45 membros, dentre eles 28 representantes dos povos indígenas, para discutir as ações do governo voltadas aos índios.
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