Na saída do primeiro encontro público com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que o peemedebista "tem dito que quer o apoio institucional do PSDB" e que a sigla "dará a sua contribuição ao país". Aécio Neves falou com Temer em duas ocasiões nesta quarta-feira (27). Na primeira, a sós, delineou ao vice os principais pontos da agenda que o PSDB pedirá que Temer adote em troca do apoio a ele no Congresso. Se o vice o fizer, "deverá ficar livre para montar seu ministério com os melhores nomes que encontrar", afirmou Aécio Neves. Ele voltou a dizer que a sigla não vai "criar dificuldades" se o peemedebista nomear tucanos, mas reiterou que o partido não indicará ninguém a cargos. Aécio Neves vem modulando seu discurso com relação à participação de filiados ao PSDB em ministérios. Disse que, pessoalmente, acharia melhor que a participação do partido se limitasse ao apoio no Congresso, mas que não criará dificuldades se Temer buscar por conta própria quadros tucanos. "Nossa conversa não gira em torno de cargos", afirmou Aécio. "Tínhamos duas opções: lavar as mãos ou ajudar o país a sair da crise. Vamos dar a nossa contribuição. E seremos julgados pelo que fizermos e pelo que deixarmos de fazer", concluiu. Depois do encontro a sós com Temer, o tucano voltou a se reunir com ele, desta vez na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Calheiros esteve nesta terça-feira (26) com o poderoso chefão e ex-presidente Lula. Na ocasião, foi sondado pelo petista sobre a viabilidade de abrir caminho para a realização de novas eleições neste ano. Aécio Neves negou que Renan tenha abordado o assunto com ele nesta quarta-feira e rechaçou qualquer iniciativa neste sentido via Congresso ou Executivo. Segundo ele, a única maneira "constitucional" de se fazer um novo pleito é via um julgamento do Tribunal Superior Eleitoral: "Nós temos um projeto para o País e buscaremos a sua implementação pela via eleitoral no momento adequado. Agora temos circunstâncias da vida que, provavelmente, vão levar o PMDB à Presidência".
Nenhum comentário:
Postar um comentário