A Argentina fechou nesta terça-feira (19) a venda de US$ 16,5 bilhões em títulos da dívida. A intenção inicial era captar US$ 12,5 bilhões, mas, diante da grande demanda por papéis, o país ampliou a operação. Segundo o Ministério da Fazenda, as ofertas dos investidores chegaram a US$ 68,6 bilhões. Com o volume de recursos, o governo conseguiu vender os títulos com uma taxa de juros inferior a 8%, conforme desejava. Os papéis com vencimento em 10 anos - os mais procurados pelos fundos - pagarão 7,5%. Cerca de 690 investidores diferentes demandaram esses títulos. Apenas os com prazo de 30 anos ficaram com uma taxa de juros um pouco superior, de 7,62%. A média foi de 7,14%. A emissão foi realizada para levantar recursos para pagar os fundos holdouts na próxima sexta-feira (22). O acerto será em espécie, e não com novos títulos - como o próprio governo havia cogitado no início das negociações, em janeiro. Para um pagamentos em papéis, os credores estavam exigindo uma taxa de juros de 11,5%, de acordo com o ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay. "Com dinheiro, conseguimos economizar cerca de quatro pontos de taxa, o que vai dar US$ 3 bilhões", disse ele em entrevista coletiva. O economista aproveitou a ocasião para criticar o governo antecessor, da peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner, que havia se recusado a pagar o valor pedido pelos fundos holdouts em 2014: "O governo anterior não conseguiu resolver esse problema, cuja solução levou 15 anos para sair. Este governo de Mauricio Macri chegou a um resultado definitivo no que se pode considerar um tempo recorde". O resultado dessa operação marca o retorno da Argentina ao mercado financeiro internacional e a retomada de investimentos externos em sua economia, que agora terá grandes condições de progresso.
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