O mote "Nem Temer, Nem Dilma" marca o primeiro programa de televisão da Rede, partido fundado pela ex-senadora comunista Marina Silva, exibido na noite desta terça-feira (19). Com duração de dez minutos, a peça sustenta que o impeachment da presidente Dilma Rousseff não resolverá a crise política do Brasil e que a solução é a convocação de novas eleições. "Muitos partidos estão envolvidos em corrupção e usam o poder para evitar denúncias na operação Lava Jato. O TSE deve apurar o uso do dinheiro de corrupção na campanha Dilma/Temer e, se for comprovado, convocar uma nova eleição", afirma uma locutora. Na sua fala a ex-senadora e fundadora da sigla, a comunista ambientaleira Marina Silva, explorou a corrupção, criticando o enriquecimento ilícito de políticos e o uso da Petrobras pelo governo. "A empresa precisa do apoio daquele partido, daí você quer uma estatal para ficar fazendo coisas, como fizeram na Petrobras, aí dá aquilo àquele partido", disse a ex-ministra. Nomes de destaques da Rede como o senador Randolfe Rodrigues e o deputado Alessandro Molon, responderam perguntas feitas por 50 jovens. No programa, o partido se apresentou como um "espaço de atualização da política" e explicou que não tem presidente, mas dois porta-vozes, sendo eles Marina e Zé Gustavo, que foi candidato a deputado federal em 2014 mas não se elegeu. Na verdade a Rede é um braço do PT, que pretende ser o sucessor a ficar com o espólio da ORCRIM petista. Marina Silva vem defendendo publicamente novas eleições, como fez em entrevista coletiva na segunda-feira (18). O programa também tocou superficialmente em pontos polêmicos para a ex-ministra em sua campanha presidencial de 2014, quando ficou em terceiro lugar. Na época Marina sofreu críticas por retirar de seu programa de governo o apoio ao casamento gay. O tema não foi explorado abertamente no vídeo desta terça, mas a Rede se posicionou em relação aos transgêneros com a mensagem "respeitamos a autodeterminação". Marina Silva começou sua carreira no comunismo, no PCdoB, como uma espécie de "cangaceira amazônica", lá no Acre, junto aos seringueiros. Preparou sua saída do PCdoB e ingresso no PT fundando um grupo revolucionário comunista, chamado PRC (Partido Revolucionário Comunista, o que é uma redundância), junto com o peremptório "grilo falante" e poeta de mão cheia e tenente artilheiro Tarso Genro e José Genoíno, o ex-terrorista do Araguaia e recentemente condenado no Mensalão do PT.
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