A dupla Lula-Dilma se dividiu para tentar reverter a decisão do PMDB-RJ pelo rompimento com o governo. Lula ligou para Eduardo Paes e, Dilma, para Cabral. Ambos deram a mesma resposta para os petistas: quem trata desse assunto é o presidente regional do PMDB e presidente da Assembléia do Rio, Jorge Picciani. Esta é a versão oficial. Mas circula uma outra, a de que Lula teria ligado também para Sérgio Cabral, com quem teria tido uma discussão áspera. É bem possível, pois Sérgio Cabral não se esquece da traição de Lula a Pezão, optando por Lindbergh nas eleições de 2014, nem da conversa constrangedora que tivera com o ex-presidente em 2013, por conta daquelas manifestações. Nessa ocasião, Lula teria sido muito cruel com Sérgio Cabral, dizendo que ele deveria se esquecer de eleições, pois sua popularidade tinha virado pó. Sérgio Cabral não perdoa Lula até hoje e teria aproveitado essa conversa sobre a decisão do PMDB do Rio de Janeiro para dar o troco no ex-presidente. O governo se diz surpreendido com a decisão do PMDB-RJ. Ora, se seus ministros da articulação política e seu serviço de inteligência não funcionam, bastava seguir os passos da família Maia-Moreira. O genro, Rodrigo, tem almoçado dia sim, dia também, com Sérgio Cabral, e jantado, no mesmo ritmo, com Eduardo Paes. Inclusive, ontem à noite, os dois fizeram um balanço de como anda o impeachment na Câmara. Já o sogro, Moreira, tem viajado toda a semana para São Paulo, levando Jorge Picciani para conversar com Michel Temer. Foi num desses almoços, no domingo passado, precisamente, que Picciani comunicou a Temer a decisão do PMDB-RJ, acordada com Cabral e Paes. (Por Jorge Moreno)
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