quarta-feira, 23 de março de 2016

O poderoso chefão Lula, que quer ser ministro, convoca sindicalistas para guerra contra a Operação Lava Jato


O poderoso chefão Lula disse nesta quarta-feira (23) que se sente enojado com o tratamento que recebe da imprensa e de agentes responsáveis pela Operação Lava Jato. Em um evento em São Paulo organizado por sindicatos, ele disse, em um longo discurso, que ficou com raiva quando um promotor público acusou sua mulher, Marisa Letícia, de lavagem de dinheiro. Nas investigações do Ministério Público, o ex-presidente é suspeito de ter recebido vantagens indevidas, sendo beneficiário de crimes cometidos no âmbito da Petrobras. O poderoso chefão Lula pediu aos sindicalistas presentes ao evento na Casa de Portugal para que pressionem os agentes da força-tarefa em relação aos efeitos da operação. "Já ouvi falar que são R$ 200 milhões em prejuízos. Da mesma forma que vocês falam com a Dilma, vocês têm que procurar a força-tarefa e perguntar se eles têm consciência do que estão fazendo com o País", disse o ex-presidente, que teve suspensa a posse na chefia da Casa Civil de Dilma. Ou seja, ele está convocando os sindicalista contra a ação da Justiça. Se isto não é uma renovada ação de obstrução da ação da Justiça, então o que seria? Em seu longo discurso, ele repetiu a promessa de viajar pelo Brasil para falar contra o impeachment da presidente. "Enganam-se aqueles que pensam que só posso ser ministro para ajudar a Dilma", disse. Lula também chamou de "babaquice" a divisão que o País hoje atravessa e afirmou que o "tempo mostrará quem está com a razão." "Se acharem alguém mais honesto do que eu, desisto da vida pública", afirmou. Lula recebeu apoio dos sindicalistas para ocupar a Casa Civil. Ao ouvir críticas à política econômica, disse que tem consciência da crise e reconheceu: "Vai levar muito tempo para que o País possa viver de novo o que vivemos". Ele endossou, porém, os ataques ao ajuste fiscal, citando o bloqueio do Orçamento anunciado pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, nesta terça-feira (22). "Tenham mais seis meses de paciência e vamos provar que o Brasil vai voltar a ser o País da alegria", pediu Lula, que alfinetou ainda o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal: "O ministro Gilmar Mendes me cassou e voou para Portugal. Enganam-se aqueles que pensam que só posso ajudar Dilma se for ministro".

Um comentário:

Paulo Robson Ferreira disse...

E como será que se sentem os mutuários da Bancoop, os acionistas da Petrobrás, os contribuintes do Postalis, idem Funcef, idem Previ, os assistidos pela rede hospitalar pública etc, etc, e etc?