No ano passado, o Rio Grande do Sul sacou R$ 1,8 bilhão dos depósitos judiciais. Isso colocou o Estado no terceiro lugar de um ranking que traz Rio de Janeiro e Minas Gerais nas primeiras posições. Depois do Rio Grande do Sul, o quarto Estado no ranking dos saques foi Mato Grosso do Sul, com R$ 1,4 bilhão. Lei aprovada pela Assembleia Legislativa autoriza o governo a sacar até 95% dos depósitos administrados pelo Tribunal de Justiça. O limite anterior era de 85%. Contudo a operação funciona como um empréstimo e o governo paga juros equivalentes ao da taxa Selic. O custo anual desta espécie de financiamento já chega a cerca de R$ 1 bilhão. Mas não foi só Sartori que usou desta ferramenta. Na administração do peremptório petista "grilo falante" e tenente artilheiro e poeta de mão cheia Tarso Genro (2011-2014), o volume foi recorde: R$ 5,7 bilhões, em valores da época. Outro Estado que usou os depósitos judiciais para honrar suas contas foi Piauí: R$ 35 milhões para pagar parte da folha dos aposentados e pensionistas. O governador do Estado, Wellington Dias (PT), ressalta que a condição do Piauí é diferente: "Aqui, os valores dos depósitos judiciais são os que envolvem exclusivamente o Estado, e não todos. São 70% destes valores, que devem ser devolvidos em 48 horas, após a solução da demanda, havendo uma comunicação da Justiça ao governo".
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