Grandes como os jatos de passageiros, velozes como caças e letais como devem ser na tarefa à qual são destinados, bombardeiros pesados russos como o Tu-160M, entraram oficialmente na campanha da Síria há dois dias. O resultado foi devastador. As aeronaves, desenvolvidas na fase final da Guerra Fria, lançaram 34 mísseis de cruzeiro contra posições do Estado Islâmico em Raqqa e outra classe de armamento sobre as instalações de uma refinaria e um depósito de petróleo na província de Deir al-Zor. A frota de ataque é integrada por outras versões supersônicas, como o próprio Tu-160 e o Tu-22M3, mais o subsônico Tu-95M, aos quais coube destruir alvos em Idlib e Alepo. São máquinas de guerra muito especiais. Apresentados na extinta União Soviética entre os anos de 1952 e 1987, passaram recentemente por amplo processo de modernização. A carga de ataque varia de 15 toneladas até 30 toneladas de bombas guiadas, mísseis, torpedos e vastos recursos eletrônicos – muitos deles destinados à coleta de dados de inteligência. Os bombardeiros decolam de suas bases em território russo, viajam cerca de 6.600 km por até 10 horas. Uma viagem de ida e volta. O Ministério da Defesa, em Moscou, estima em cerca de 130 o número de ações no primeiro dia da intervenção das 35 aeronaves envolvidas na missão. “Núcleos ocupados por terroristas foram eliminados em 12 áreas habitadas”, afirmou o comando russo. Na noite de ontem, a operação continuava.
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