O País deve ter nova safra recorde de soja no ano que vem, segundo o primeiro prognóstico para a produção agrícola de 2016, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa é que o volume produzido do grão aumente 3,5%, totalizando 100,2 milhões de toneladas. O volume da oleaginosa corresponde a quase metade de toda a produção de grãos brasileira no ano, uma fatia de 48,6%. Segundo o IBGE, os preços da soja estão atraentes, estimulando o plantio em detrimento do milho de 1ª safra. "A média de preço agora de 2015 foi de R$ 28,00 a saca de 60 kg do milho, enquanto para a soja foi de R$ 71,00 a saca", citou Mauro Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE. Como o milho rende o dobro do volume da soja, a expectativa para a safra nacional de grãos de 2016 é 1,9% menor do que a de 2015. "O milho produz uma média de 100 sacas de 60 kg por hectare, e a soja a metade, 50 sacas. Então, como está aumentando a área de soja e caindo a área de milho, a safra de grãos de 2016 cai em termos de volume. Não em termos de valor, porque a soja vale mais que o milho", ressaltou Andreazzi. O IBGE prevê uma redução de 2,4% na produção de milho 1ª safra em 2016 ante 2015, totalizando 28,9 milhões de toneladas, com impacto no volume de grãos produzido pelo Brasil no ano. No entanto, é possível uma recuperação no milho de 2ª safra. "A valorização do dólar deixou o milho brasileiro bem competitivo no mercado internacional. Os Estados Unidos, maior produtor de milho do mundo, está importando milho do Brasil", apontou Carlos Barradas, pesquisador da Coordenação de Agropecuária do IBGE. Segundo Andreazzi, ainda é muito cedo para fazer estimativa sobre a produção do milho de 2ª safra, então o IBGE trabalha com uma projeção baseada na média dos últimos anos, que pode ser revista para cima. "O preço está bom, então o pessoal planta milho", disse ele.
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