A Folha informa que a Policia Federal está enfrentando dificuldades para avançar nas investigações sobre o envolvimento de Renan Calheiros com desvios na Transpetro. Nada a ver com obstrução à Justiça. Segundo o delegado Thiago Delabary, o pedido de investigação feito por Rodrigo Janot "carece de maior direcionamento, de elementos complementares que permitam traçar uma linha investigativa factível". Janot mandou investigar Renan com base em denúncias de Paulo Roberto Costa de que o peemedebista recebia propina de empresas contratadas pela Transpetro, mas não disse quais e nem indicou os possíveis contratos. "Como Sérgio Machado esteve por mais de dez anos à frente da Transpetro, torna-se inviável encetar pesquisas às cegas, abarcando as centenas de contratos firmados a fim de identificar alguma estranheza que porventura possa indicar o recebimento de vantagem ilícita e seu direcionamento ao senador", alega o delegado.
Iguala-se a uma piada ordinária esta resistência da Polícia Federal, conhecida como polícia política do PT, a KGB petista, especialista em abrir investigações de adversários políticos do PT com base em dossiês apócrifos e promover o assassinato de reputações, conforme denúncia do delegado Romeu Tuma Jr. Não investiga porque não quer investigar, não descobre nada porque não quer descobrir. Um jornalista, o editor de Videversus, apesar de nunca ter estudado matemática, e sem qualquer noção de contabilidade, em 10 meses de 2001 investigou contratos de 12 anos de administração petista no lixo de Porto Alegre e descobriu roubo de mais de 52 milhões de reais, o que foi comprovado, muito a contragosto, pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Os auditores externos do TCE, de onde saíram os reis das pedaladas fiscais do PT (João Verle e Arno Augustin), naturalmente, em 13 anos de "exame de contas", jamais encontraram o roubo de um centavo sequer pelos governos petistas. É assim que se monta a roubalheira no País. O Supremo pode entregar a investigação desses 12 anos de gestão da Transpetro ao jornalista Vitor Vieira, que promete entregar os resultados em menos de um ano, tudo por módica recompensa financeira (muito menos do que ganham delegados federais). O jornalista só não se compromete na busca de provas materiais, porque isso extrapola as possibilidades de um trabalho jornalístico. O que a Polícia Federal está fazendo no caso é a típica resistência burocrática, o "Ao - ao" (a troca de ofícios inúteis, ao fulano, ao beltrano, ao sicrano....).
Nenhum comentário:
Postar um comentário