Conforme informei aqui nesta manhã — e alguns tontos não entenderam (infelizmente, o burro não sabe que é burro e diz burrices…) —, a Procuradoria-Geral da República havia solicitado ao Supremo que o relator dos pedidos de inquérito contra Aloizio Mercadante, ministro da Casa Civil, e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) fosse outro, que não Teori Zavascki, que cuida do petrolão. Por quê? Ricardo Pessoa, o dono da UCT e da Constran, os acusa de terem recebido por fora dinheiro para as respectivas campanhas eleitorais de 2010: o petista, ao governo de São Paulo, e o tucano ao Senado. No primeiro caso, teriam sido R$ 250 mil; no segundo, R$ 200 mil. Os dois políticos negam. Seja como for, pediu-se outro relator porque a Procuradoria-Geral da República avalia que, ainda que se venham comprovar as acusações, as eventuais irregularidades estão descoladas do petrolão. Que Mercadante, como petista graúdo, pudesse ter alguma interferência na Petrobras, vá lá, é possível… Imaginar o mesmo sobre Nunes chega a ser grotesco. O Ministério Público, no entanto, vê as duas apurações como questões autônomas. O novo relator, então, foi escolhido: trata-se do decano Celso de Mello. Um bobalhão veio hoje com pedras nas quatro mãos, se é que vocês me entendem, afirmando que eu estava tentando minimizar eventuais transgressões da dupla para proteger Aloysio, “que é tucano como você”, disparou. Não! Ele não é tucano “como eu sou” pela simples e evidente razão de que não sou tucano — sou muito mais conservador do que eles, qualquer pessoa com orelhas medianas sabe disso. É que as do rapaz parecem ser imensas. Em segundo lugar, eu apenas tratava de uma avaliação da Procuradoria-Geral da República. Apenas um fato. É evidente que crime eleitoral, em qualquer tempo, é grave também. Mas é uma tese criminosa querer equipará-lo ao petrolão, que é muito mais do que isso: trata-se de um assalto organizado ao estado brasileiro, à institucionalidade e à democracia. Por Reinaldo Azevedo
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