O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 14,25% ao ano. A decisão, esperada pela maioria dos analistas, foi anunciada na noite desta quarta-feira. O Banco Central interrompe, assim, uma série de sete elevações consecutivas da taxa básica, iniciada em outubro do ano passado. Os membros do Copom decidiram pela manutenção de forma unânime. "O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016", disse o Banco Central em nota distribuída logo depois da votação. O Copom informou que a decisão ocorreu sem viés, o que sinaliza nova manutenção na próxima reunião do comitê, marcada para os dias 20 e 21 de outubro. As elevações em sequência da Selic ocorreram sob fortes sinais de pressão inflacionária - e o aumento da taxa básica é um dos instrumentos utilizados para tentar conter a disparada dos preços. Na pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central com instituições financeiras, os analistas preveem, em média, inflação de 9,28% para 2015 - muito acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5%. Ainda que a decisão de hoje sobre a taxa Selic fosse esperada pelos analistas de mercado, havia quem não duvidasse de nova elevação nesta quarta-feira. A disparada do dólar, outro motor para a alta da inflação, ganhou corpo nesta semana depois que o governo apresentou uma proposta de orçamento para 2016 com rombo de 30,5 bilhões de reais. Nesta quarta-feira, o dólar fechou em alta de 1,95%, negociado por 3,75 reais, seu maior patamar desde dezembro de 2002. Em 2015, a valorização acumulada é de mais de 41%.
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