Sergio Moro mandou soltar Luiz Eduardo Oliveira e Silva, como se ele tivesse um papel secundário nas operações de José Dirceu, seu irmão. O Antagonista confia em Sergio Moro, mas talvez a sua decisão tivesse sido outra se houvesse lido o que foi publicado ontem, em Portugal, no jornal Público, e repercutido pelo site de Sábado.
Leiam, por favor...
O irmão de José Dirceu, também ele detido no âmbito das investigações anti-corrupção que agitam o Brasil, esteve reunido em Lisboa há quatro anos com o então presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, num momento em que decorriam dois negócios sensíveis envolvendo os dois países: a venda, pela Portugal Telecom (PT), de 50% da Vivo à Telefônica e o cruzamento de participações entre a PT e a Oi. Como presidente do BES, Salgado tinha uma palavra a dizer na estratégia da PT, empresa da qual o banco era um acionista de referência. De acordo com a edição de hoje do jornal Público, Luiz Eduardo Oliveira e Silva (irmão de Dirceu, ex-tesoureiro do PT e antigo número dois de Lula da Silva) presta serviços de consultoria e terá sido nessa qualidade que veio a Lisboa em novembro de 2011. O jornal diz não ser conhecido o teor da conversa, mas acrescenta que a reunião foi articulada por um escritório de advocacia português e uma outra sociedade com fortes ligações ao mundo da política e aos grandes negócios públicos. A empresa de Oliveira e Silva foi, entretanto, identificada pelas autoridades judiciais brasileiras como suspeita de ser intermediária de pagamentos ilícitos a terceiros, com cobrança de comissões em grandes transações, no âmbito da operação Pixuleco, a nova fase da polêmica investigação Lava Jato.
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