Conhecido pelos amigos como "Chambinho", o advogado Alexandre Romano, preso nesta quinta-feira durante nova fase da Operação Lava Jato, tinha boas relações tanto no PT quanto no PDT. Filho de um ex-prefeito de Americana, no interior de São Paulo, Romano foi eleito o mais jovem e mais bem votado vereador da cidade em 2000, aos 25 anos, pelo PT. Dois anos depois, assumiu a Secretaria do Meio Ambiente de Americana na gestão do prefeito Erich Hetzl (PDT). A nomeação marcou um afastamento de seu partido, do qual pediu desfiliação em 2005. No PDT, ao qual nunca foi filiado, Romano conheceu o ex-deputado Luiz Antonio de Medeiros e os meandros de Brasília. Entre 2005 e 2008, o advogado prestou assessoria à prefeitura de Indaiatuba na gestão do prefeito José Onério (PPS), na época também do PDT. Com bom trânsito na Esplanada dos Ministérios, ele tinha a função de "acompanhar os projetos de interesse da cidade em Brasília". Depois se reaproximou do PT, em particular do grupo liderado pelo ex-ministro da Casa Civil, o bandido petista mensaleiro José Dirceu, preso na 17ª fase da Lava Jato. Em 2009 trabalhou como assessor da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, na época presidida pelo petista Jilmar Tatto, atual secretário de Transporte de São Paulo. De acordo com as investigações do Ministério Público, Alexandre Romano atuava pelo menos desde 2010 anos como operador do esquema de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro no Petrolão do PT.
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