O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou, na noite desta sexta-feira (21), Estado de exceção na fronteira com a Colômbia, área onde três soldados venezuelanos foram feridos a bala no dia anterior. A medida, que concede poderes especiais às forças de segurança, estará em vigor pelos próximos 60 dias nos municípios de Bolívar, Junín, Ureña, Independencia e Libertad. Em pronunciamento, o ditador Maduro disse que o Estado de exceção é necessário para enfrentar as atividades ilegais na porosa fronteira, que foram discutidas na sexta entre as chanceleres dos dois países. Segundo Maduro, os três militares feridos na quinta (20) foram alvejados por contrabandistas vinculados a milicianos de extrema-direita. "Vamos extirpar esses tumores malignos que são o paramilitarismo e as bandas criminosas trazidos da Colômbia para se meter no corpo nobre da nossa república bolivariana", disse o ditador psicopata Maduro, que despachou centenas de soldados para a região e ordenou o fechamento de dois dos principais postos de fronteira até domingo, repetindo prática frequente em seu governo. O último fechamento de fronteira ocorreu em julho. Caracas atribui ao comércio clandestino o desabastecimento que inferniza a vida dos venezuelanos. Economistas dizem que a escassez é causada pelo controle de câmbio e de preço e pelos ataques ao setor produtivo. Opositores temem que Maduro use a escalada das tensões para justificar o cancelamento da eleição parlamentar de 6 de dezembro, na qual o governo chega com baixa popularidade.
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