A Polícia Federal está rastreando todas as viagens internacionais feitas pelo ex-ministro da Casa Civil, o bandido petista mensaleiro José Dirceu. Condenado no processo do Mensalão do PT e cumprindo a pena de 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, ele é investigado em inquérito policial na Operação Lava-Jato por suas atividades de consultoria a empreiteiras acusadas de fraudarem contratos com a Petrobras e de provocarem desvios superiores a R$ 6 bilhões. A Polícia Federal acredita que o bandido petista mensaleiro José Dirceu pode ter utilizado sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, para ocultar propinas como forma de contratos de consultoria. No período de 2008 a 2012, a JD faturou R$ 29 milhões, grande parte vindos de pagamentos de empreiteiras acusadas na operação Lava-Jato por fraudes na Petrobras. A pesquisa sobre as viagens ao Exterior do ex-ministro foi pedida pelo delegado Marcio Adriano Anselmo, da Polícia Federal em Curitiba, no último dia 18 de maio, e servirá para instruir o inquérito 0212/2015, aberto contra o ex-ministro. A Polícia Federal diz que um dos contratos suspeitos é o da JD com a Engevix, no qual a empresa do bandido petista mensaleiro José Dirceu faturou R$ 2,6 milhões entre 2008 e 2012. Esse dinheiro foi pago pelo lobista Milton Pascowitch, dono da Jamp Engenheiros Associados, que está preso em Curitiba desde maio. Em nove anos, a JD teria prestado serviços a mais de 50 empresas, em 20 diferentes setores da economia. A assessoria de imprensa do ex-ministro publicou nota em seu blog informando que José Dirceu fez, no período de 2006 a 2013, quando já havia deixado o governo, 120 viagens ao Exterior, visitando 28 países. Na nota, seu advogado Roberto Podval diz que as viagens foram feitas representando o interesse de seus clientes. “O histórico de viagens não deixa qualquer dúvida que o ex-ministro viajou a Portugal na época do contrato com a Camargo Corrêa e foi por dezenas de vezes a países da América Latina para trabalhar em nome da Engevix, Galvão Engenharia, UTC e outras empresas, sejam elas investigadas pela Lava-Jato ou não”, diz a nota. A defesa do ex-ministro diz que desde janeiro já havia enviado cópia de todos os passaportes de José Dirceu à Polícia Federal.
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