O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou na sexta-feira (15) a abertura de ação penal contra o lobista Guilherme Esteves de Jesus e sua mulher, Lília, por conta da obstrução da investigação contra eles na Operação Lava Jato. Moro considerou haver indícios do crime e, por isso, recebeu a denúncia. De acordo com a denúncia, Lília tentou fugir com provas durante uma operação de busca e apreensão em sua residência. Quando foi informada do mandado de busca, a esposa de Esteves disse, pelo interfone, que abriria o portão à equipe policial após prender os cachorros. O casal então, segundo o ministério público, reuniu documentos, dinheiro e objetos de interesse das autoridades. Lília, acusada de levar as provas para fora da residência por uma saída lateral, foi filmada pelas câmeras de segurança "transportando um volumoso pacote". As imagens integram a denúncia do ministério público. Segundo a decisão de Moro, tratou-se de "aparente dissipação de provas durante o curso de diligência de busca e apreensão policial". Guilherme é investigado sob a suspeita de ser um dos operadores dos pagamentos de propina na Petrobras, mas esta ação não trata especificamente dessa questão, que ainda está sendo apurada. Além da abertura da ação, Moro estipulou uma fiança de R$ 500 mil reais para Guilherme, atualmente em prisão preventiva.
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