A três dias da manifestação contra a presidente Dilma Rousseff, o Solidariedade vai anunciar nesta quinta-feira a criação de uma campanha pelo impeachment da petista. No ato, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, apresentará um sistema disponibilizado no site do partido para a coleta de assinaturas e argumentos que sustentem que ela perdeu as condições de governar. O Solidariedade é a primeira legenda que anuncia publicamente a campanha pelo afastamento de Dilma. Nos últimos dias, integrantes do partido montaram uma força-tarefa para a produção de embasamentos jurídicos que justifiquem o impeachment da presidente. Foram ouvidos juristas como Cássio Mesquita Barros, Modesto Carvalhosa e Ives Gandra Martins para a elaboração de parecer que sustente a tese de que Dilma foi omissa no escândalo de corrupção que atingiu a Petrobras e, somado à irresponsabilidade na gestão das contas públicas, a deixou sem condições de governar. “Hoje as pessoas têm ódio da Dilma. Ela foi vaiada ontem (terça-feira) não pela elite paulistana, mas sim por pessoas que trabalham em feira. Dilma perdeu a condição política de governar, amarga uma crise profunda e não tem força para resolver. Ao contrário: ela ajudou a aumentar a crise política, o que inviabiliza as chances de tirar o País dessa situação. Com a Dilma no governo, o País vai sofrer por muito tempo”, disse Pulinho, presidente do Solidariedade. A expectativa do partido é reunir pelo menos dez pareceres para apresentar um embasamento amplo e profundo sobre a hipótese do impeachment. Em busca de difundir a campanha entre outros partidos, o Solidariedade vai fazer uma reunião também nesta quinta-feira com lideranças do bloco formado para a eleição da Câmara. Fazem parte do grupo o PSB, PPS e o PV. “Todo mundo quer falar e dar idéias sobre o impeachment. Muitos acham uma boa idéia”, disse Paulo Pereira. Em outra frente para pressionar a Câmara a receber o pedido de impedimento de Dilma, o partido oposicionista vai fazer a coleta de assinaturas online e nas ruas.
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