O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina pediu à Justiça para que seja autorizada a investigação sobre uma possível participação da secretária estadual de Administração e Previdência, Dinorah Botto Portugal Nogara, no esquema de fraude em licitações e contratos para manutenção de veículos oficiais do governo do Paraná. O Ministério Público afirma que o pedido está embasado em um depoimento de um funcionário do Departamento de Transporte Oficial (Deto), que trabalhava junto ao ex-diretor do órgão, Ernani Delicato, que está foragido após ter um mandado de prisão decretado por suspeita de fraude na licitação. A licitação sob suspeita, no valor de R$ 1,5 milhão, resultou na contratação da Providence Auto Center para consertar carros do governo. De acordo com o depoimento, Delicato teria modificado o contrato de licitação das oficinas após uma reunião com a secretária estadual. O servidor disse que o contrato foi feito por influência de Dinorah, incluindo a contratação emergencial da oficina Providence, empresa que pertenceria à Luiz Abi – suposto primo do governador Beto Richa (PSDB)– mas que estava registrada em nome de um "laranja". A decisão sobre o pedido da Promotoria deverá ser analisada pelo Tribunal de Justiça, já que a secretária tem direito ao foro privilegiado devido ao cargo que ocupa. Se autorizada, a investigação deverá ser feita pela Procuradoria do Ministério Público. Nesta sexta-feira, Abi e mais seis pessoas foram denunciados por formação de quadrilha, e fraude de licitações.
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