A oposição responsabilizou nesta sexta-feira (27) governos do PT pela estagnação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2014, que registrou baixíssima expansão de irrisório e pífio 0,1% para R$ 5,52 trilhões. Por ser o mais fraco resultado desde 2009, o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), acusou a presidente Dilma Rousseff de comandar um dos mandatos "mais medíocres" da história econômica do País. "O resultado do PIB de 2014 coroa um dos mandatos mais medíocres da história econômica brasileira. Foram quatro anos praticamente perdidos em termos de crescimento da economia. Para um País sedento por melhorias e com enormes desafios ainda a vencer, quatro anos são tempo demais para serem assim desperdiçados", afirmou. Em nota, Aécio Neves disse que o resultado do PIB é "retrato do fracasso" do modelo adotado por governos petistas que faz os brasileiros de "cobaias". "A presidente Dilma Rousseff não poderá usar, mais uma vez, sua desgastada desculpa. Não, a crise não está lá fora. A crise é o governo que o Brasil tem. As perspectivas para este e os próximos três anos são ainda piores que o primeiro quadriênio de Dilma, até o Banco Central já admite recessão neste ano", afirmou. Líder do DEM, o senador Ronaldo Caiado (GO) também cobrou mudança de postura da presidente Dilma para que a petista deixe de responsabilizar a crise internacional pelo fraco desempenho da economia brasileira. "O Brasil puxa o PIB do mundo para baixo, o governo transformou o País no freio de mão da economia global e em 2015 já estamos enfrentando situação pior. Como é que a população vai ter alguma confiança para voltar a consumir, empreender e investir com essa prova cabal de que foi enganada pelo governo nos últimos anos?", questionou. O senador colocou em dúvida o resultado do PIB por acreditar que poderia ter sido ainda pior, uma vez que houve mudança na metodologia do cálculo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): "Sabemos do aparelhamento político do PT em órgãos públicos de estatística e controle, o que coloca uma interrogação sobre esse novo método. A crise de credibilidade do governo é muito grande para não colocar essa mudança sob suspeita". O resultado do PIB de 2014 é inferior ao de 2013, revisado para cima em 2,7% pelo IBGE - os dados apontavam para alta de 2,5% no período originalmente. Os números foram beneficiados em parte por uma revisão metodológica recomendada pela ONU e adotada pelo IBGE, que incluiu mais itens na produção nacional - como despesas em inovação.
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