Com o aumento da fiscalização por parte da Polícia Rodoviária Federal e a aplicação de multas, os líderes do movimento de caminhoneiros nas estradas brasileiras dizem que agora vão diminuir os bloqueios e optar pela paralisação, vão cruzar os braços e não realizar entregas. Quatro líderes que atuaram nas manifestações nas estradas disseram que a mobilização continua, apesar da queda de bloqueios no final de semana. Apesar da nova estratégia, eles dizem que as interdições vão continuar, mesmo com a aplicação de multas que chegam a R$ 10 mil por hora parada nas estradas. Os protestos dos caminhoneiros contra o aumento do diesel e pela alta do valor do frete completaram neste domingo 11 dias, mas perdeu a força que teve na semana passada. No auge das manifestações, na quarta-feira (25), a categoria bloqueou 129 trechos em 14 Estados - incluindo São Paulo. Na noite de domingo, eram 13 interdições em três Estados. "Nós vamos esperar a resposta do governo em casa", afirmou Tobias Brombilla, diretor da Associação dos Caminhoneiros de Rodeio Bonito (RS), sobre as reivindicações da categoria. Outro líder, Thales Schuller, de Seberi (RS), afirma que a diminuição dos protestos no fim de semana foi resultado do medo das multas. Os caminhoneiros criticam a falta de transparência do governo para a reunião que está marcada para o dia 10 de março. "Sem a discussão da tabela do frete não há conversa, e dia 10 está muito longe", disse o caminhoneiro Odi Antônio Zani, de Palmeira das Missões (RS), citando a próxima reunião entre a categoria e o governo. Zani que os sindicatos que participaram da reunião com o governo na última quarta-feira (25) não respondem pelos caminhoneiros: "Os líderes sindicais não sabem nem trocar um pneu de caminhão, não conhecem a realidade do nosso dia-a-dia para negociar com o governo". Outra liderança, Carlos Litti, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí (RS), disse que um comboio de caminhoneiros se dirige a Brasília para cobrar agilidade do governo. Já os líderes sindicais se colocaram contra a continuação dos bloqueios e deram um voto de confiança ao governo. É a pelegada petista. O pelêgo Paulo Estausia, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), disse que "agora é hora de fazer um recuo" e que o próximo passo é continuar a negociar com o governo. Outro pelêgo, Afrânio Kieling, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul, afirmou que as empresas fizeram horas extras no fim de semana para conseguir realizar as entregas. Para ele, ainda há, no entanto, "pequenas resistências".
Um comentário:
E quem quiser continuar, logo vai ter que parar, não vai aguentar a conta e vai faltar combustíveis.
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