Autor da proposta que corrigiu a tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas em 6,5%, o deputado federal Mendonça Filho afirma que o custo da medida equivale a um Pedro Barusco. Ele sugere ao governo que estabeleça o valor das propinas recebidas pelo ex-gerente da Petrobras como parâmetro para a solução do impasse. Eis o raciocínio de Mendonça: “Pelas contas do ministro Joaquim Levy, da Fazenda, a correção da Tabela do IR em 4,5%, como quer a presidente Dilma, custaria R$ 5,5 bilhões. O índice de 6,5%, defendido por nós, custaria R$ 7 bilhões. Portanto, a diferença é de R$ 1,5 bilhão. Só que o governo já impôs aos contribuintes dois meses sem correção da tabela. Isso equivale a R$ 1,2 bilhão —R$ 600 milhões de janeiro e R$ 600 milhões de fevereiro. Ou seja: faltam só R$ 300 milhões para fechar a conta. Esse valor é igual a um Pedro Barusco. O ex-gerente da Petrobras desviou para uma conta na Suíça US$ 100 milhões. Ao virar delator, Barusco comprometeu-se em devolver o dinheiro. Com o dólar cotado a mais de R$ 3,00, a cifra é suficiente para fechar a conta da correção da tabela do IR". Nesta segunda-feira (9), Dilma autorizou seus ministros e o vice-presidente Michel Temer a negociar com o Congresso um meio-termo entre a proposta do líder do DEM e a oferta do governo. “Não vejo necessidade para tanta negociação”, ironiza Mendonça: “Essa conta já está paga. Não acredito que o governo vá criar caso por causa de um reles Barusco".'
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