A presidente Dilma Rousseff deve estar cercada de lulistas radicais, que querem destruí-la, ridicularizá-la. Só isso explica que, dois dias depois do panelaço, ela tenha decidido visitar o 21º Salão Internacional da Construção, no parque de exposições do Anhembi, em São Paulo. Chegou no fim da manhã, antes ainda da abertura ao público. Certamente foi uma recomendação da segurança. Naquela hora, só estavam lá expositores e trabalhadores. O resultado foi este.
Como se pode ouvir, uma vaia vexaminosa. E, à diferença do que disse o PT sobre o panelaço, ali não estavam apenas os, como é mesmo?, “coxinhas”. Não! Ali estava o… povo!
É, presidente… O povo decidiu cobrar a fatura, não é? Vossa excelência teve a chance de alertar a população, há menos de cinco meses, de que a situação do país era difícil e de que viria uma fase de sacrifícios pela frente. A governanta conhece, né?, aquele papo de “sangue, suor e lágrimas”. Vá lá: o sangue, a gente poderia dispensar. As lágrimas, também, né? Pra que chorar? O diabo, presidente, é que há, a cada dia, menos motivos para suar. O seu modelo de eterna felicidade está começando a caçar também os empregos. No discurso que Dilma fez aos expositores, que ocuparam metade do salão neste ano em razão da crise no setor, ela admitiu dificuldades e coisa e tal. Não me diga!
Sim, as vaias eram para a presidente, inequivocamente. Mas aqui vai o meu desafio: que Lula visite a mesma feira e faça um teste de popularidade. E o Babalorixá de Banânia poderá constatar que não é só por Dilma que o povo põe a boca no trombone. Ele não aguenta mais é o PT mesmo, né?
Os companheiros chamam isso de “discurso do ódio”. Têm razão:
– ódio à ladroagem;
– ódio à rapinagem na Petrobras;
– ódio à impunidade;
– ódio ao estelionato eleitoral;
– ódio ao cinismo.
– ódio à ladroagem;
– ódio à rapinagem na Petrobras;
– ódio à impunidade;
– ódio ao estelionato eleitoral;
– ódio ao cinismo.
No mais, vocês sabem, esse povo é só amor. Por Reinaldo Azevedo
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