O líder do governo na Câmara, o deputado federal José Guimarães (PT-CE, chefe de cuequeiro), afirmou que o jantar desta segunda-feira (9) com a presidente Dilma Rousseff e parlamentares do PT serviu para ela discutir com os integrantes do partido o reajuste na tabela do Imposto de Renda. Em dezembro, os parlamentares aprovaram reajuste de 6,5% na tabela, mas Dilma vetou a proposta e defendeu mudança em 4,5%. O veto ainda precisa ser analisado pelo Congresso, o que provavelmente ocorrerá nesta terça-feira. Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, afirmou que o Planalto apresentará “alternativa” ao Congresso sobre o tema. Ele, porém, não quis detalhar o que será feito. No mês passado, a presidente Dilma afirmou que “não cabe no orçamento” o percentual de 6,5%. “O que nós fizemos, inicialmente, foi discutir sobre o Imposto de Renda. Nada que já não esteja na imprensa. E foi uma reunião com os líderes do PT para discutir a necessidade de o PT apoiar as medidas de ajuste, foi isso”, afirmou Guimarães, sem anunciar que medida foi defendida pelo governo. Em rápida conversa com jornalistas após o encontro com Dilma, Guimarães disse que o governo poderá apresentar “a qualquer momento” a nova proposta de reajuste da tabela do Imposto de Renda. Segundo ele, a proposta ainda será definida. Assim como o ministro Pepe Vargas, ele afirmou que procurará o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para debater a medida e lembrou que nesta terça haverá reunião do colégio de líderes da Câmara. O líder do governo também informou que o Planalto buscará entendimento com a base sobre qual ação será tomada. “O PT é, na minha opinião como líder, fundamental. É fundamental o PT apoiar o governo em todas as dimensões. Claro, dialogando, como estamos fazendo. Dialogando com as duas Casas, com os presidentes (Eduardo Cunha e Renan Calheiros), buscando o entendimento”, completou. Conforme a proposta aprovada pelo Congresso Nacional e vetada por Dilma, pessoas que ganham até R$ 1.903,98 ficariam isentas de Imposto de Renda. Atualmente, o teto de isenção é de R$ 1.787,77. O reajuste de 6,5% seria aplicado também nas demais faixas da tabela. Na justificativa para o veto, a presidente escreveu que a medida traria renúncia fiscal, ou seja, menos pessoas pagariam o imposto, sem indicação de meios para compensação. A correção da tabela era uma das promessas na campanha à reeleição de Dilma, mas possivelmente o reajuste seria mantido em 4,5%.
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