O risco de déficit de energia no País nas regiões Sudeste e Centro-Oeste caiu de 7,3% em fevereiro para 6,1% neste mês. No Nordeste, o índice se manteve estável, em 1,2%. Os dados foram divulgados hoje (4) pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), grupo técnico do governo que estuda o setor. O CMSE também divulgou um percentual de risco de déficit considerando um cenário com despacho pleno de usinas térmicas. Neste caso, o risco de faltar energia foi mantido em 6,1% para as regiões Sudeste e Centro-Oeste e de zero para o Nordeste. Nos dois casos, o índice supera a margem de 5% de risco, considerada tolerável pelo Conselho Nacional de Política Energética. Segundo dados passados pelo CMSE, as chuvas verificadas em fevereiro foram 58%, 27%, 138% e 54% da média histórica nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente. Apesar de o sistema ser considerado com equilíbrio estrutural, o comitê avalia que ações conjunturais específicas podem ser necessárias, cabendo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, buscando preservar os estoques nos principais reservatórios das hidrelétricas. De acordo com a nota do Comitê, as análises não indicam, no momento, insuficiência de suprimento energético neste ano. “Entretanto, deve-se observar que o período úmido de 2015 ainda não se encontra consolidado. Com isso, a avaliação conjuntural do desempenho do sistema e de riscos de déficit associados deve ser feita de forma cuidadosa”, diz a nota do CMSE. O grupo avalia que, levando em conta as chuvas de janeiro e fevereiro nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, as afluências nos próximos meses serão relevantes para a avaliação das condições de suprimento neste ano, o que reforça a necessidade de um monitoramento permanente. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico foi criado em 2004 com a função de acompanhar a continuidade e a segurança do suprimento de energia no País. Participam do grupo representantes de órgãos como o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
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