Em depoimento à CPI da Petrobrás na Câmara nesta terça-feira, 10, o ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da companhia, Pedro Barusco, relacionou o recebimento de propina do esquema de corrupção na estatal à campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2010,quando ela foi eleita presidente pela primeira vez. Segundo Barusco, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu US$ 300 mil para engordar o caixa da campanha. "Aqueles 300 mil (Barusco não especificou a moeda ao responder à pergunta de um deputado) que eu disse de reforço de campanha foi na campanha presidencial de 2010", declarou, durante o depoimento.
Na delação premiada que fez à Polícia Federal em 21 de novembro de 2014, Barusco havia dito que o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque - que está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) - solicitou a um representante da empresa SBM Offshore os US$ 300 mil. De acordo com a delação, o dinheiro foi pedido "a título de reforço de campanha durante as eleições 2010, provavelmente atendendo a pedido de João Vaccari Neto, o que foi contabilizado pelo declarante (Barusco), à época, como pagamento destinado ao Partido dos Trabalhadores". O ex-gerente disse em depoimento à CPI da Petrobrás que foram solicitados à SBM Offshore recursos para campanha eleitoral e que os valores foram repassados ao PT, via Vaccari Neto. Questionado a quem eram destinados os valores, Barusco disse que o dinheiro foi dado na época da eleição presidencial em que disputavam o tucano José Serra contra a petista Dilma Rousseff, em 2010. Pressionado, ele ressaltou que o dinheiro foi encaminhado ao PT. "Foi solicitado à SBM um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento", afirmou.
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