Deu a louca nos magistrados do Rio de Janeiro – e o juiz que resolveu passear com o Porsche de Eike Batista não é o único exemplo. Veio à tona ontem no Diário Oficial do Rio de Janeiro a ata de uma sessão do TRE/RJ em que o ex-presidente Bernardo Garcez dispara atrocidades contra adversários no Judiciário fluminense. Em uma reunião de 1º de dezembro, o desembargador Garcez afirmou que Luiz Zveiter estava espalhando para desembargadores que iria ferrá-lo. Garcez na ocasião ainda era presidente do TRE-RJ e havia cancelado a construção de uma nova sede do tribunal, projeto elaborado por Zveiter anos atrás. Foi o início do show de Garcez:
- O doutor Zveiter disse (…): “diga a ele que eu vou…” e usou uma expressão sexual. Ele pode ter essas preferências por retaguarda, mas eu não tenho. Isso é para a gravação, porque, se amanhã eu sofrer um atentado, ele é o principal suspeito.
O nível das declarações do desembargador Garcez desce ainda mais quando lembra de um episódio em que também se sentiu ameaçado por um colega de toga:
- Quando provocado pelo desembargador Gabriel Zefiro, que tentou me agredir, levou uma surra, ficou estirado no chão chorando e colocando sangue pela boca, com uma potente cabeçada. E depois tive que indenizá-lo com 128 000 reais. Tenho muito medo, estou avisando, desse senhor querer me bater. Esse senhor Zveiter.
Para fechar com chave de ouro o inacreditável discurso, o desembargador deixou o recado para perplexidade geral:
- Desde que quebrei a cara do doutor Gabriel Zefiro, nunca mais andei armado. Uma surra 128 000 reais, imagina um balaço.
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