O romance entre Suzane Richthofen e Sandra Regina Ruiz Gomes, a Sandrão, pode estar perto do fim. A mulher da condenada por assassinar os pais, em crime ocorrido em outubro de 2002, conquistou o direito de cumprir a pena em regime semiaberto e deve deixar em breve a Penitenciária Feminina de Tremembé I, onde divide a "cela das casadas" com Suzane e outros sete casais desde setembro do ano passado – quando a relação foi formalizada em uma cerimônia na prisão. O namoro tem pouco mais de dois anos.
Sandrão, de gravata, em festa na penitenciária de Tremembé |
A decisão foi concedida por juiz da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté no último dia 12 e ainda não foi formalizado perante a direção do presídio. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) deverá indicar o centro de ressocialização onde Sandrão cumprirá o restante da pena. Um dos critérios para a concessão do benefício é o bom comportamento do preso. Condenada a 24 anos pelo sequestro seguido de morte de um garoto de 14 anos, Sandrão já havia progredido para o semiaberto, mas voltou ao presídio no interior de São Paulo em fevereiro de 2011, após agredir um agente penitenciário no Centro de Ressocialização Feminino de São José dos Campos. Pouco depois, começou namoro com Elize Matsunaga, condenada por assassinar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga. Suzane teria sido o pivô do fim da relação, que acabou naturalmente, sem brigas. Assim como Suzane, que também conquistou o benefício mas desistiu do semiaberto, Sandrão tem poder de decisão e pedir para permanecer no presídio de Tremembé. O romance, inclusive, foi apontado como o motivo para Suzane ter aberto mão da progressão do regime, determinada pela juíza Sueli Zeirak de Oliveira Armani, da Vara das Execuções de Taubaté, em agosto do ano passado. Na ocasião, o Ministério Público se posicionou contrário à transferência de Suzane. Uma unidade destinada a receber presas em semiaberto está sendo construída em Tremembé e Suzane aguardaria sua inauguração para pedir novamente a mudança de regime.
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